A democracia só será uma realidade em Cuba quando for encontrada uma solução para "o problema racial", disse o perito cubano em relações internacionais, Juan Benemelis, lembrando que o regime castrista excluiu os negros e destruiu a "fibra cubana".
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"O problema racial e de género será decisivo" para conseguir uma democracia real em Cuba, explicou Juan Benemelis, durante uma mesa redonda organizada em Miami pela Universidade de Dade, no âmbito da Feira Internacional do Livro.
Para Benemelis, as mudanças em Cuba implicam não só "uma alteração do modelo político e económico", mas também uma transformação "mais profunda na sociedade, já que o regime cubano destruiu a fibra cubana".
O investigador, que apresenta nesta edição da feira a sua obra "O medo do negro ("El miedo al negro"), defendeu que "é certo que não há segregação (em Cuba), mas isso não quer dizer que não haja racismo".
Por sua vez, Juan J. Almeida, filho do comandante da revolução cubana Juan Almeida, também presente na iniciativa, reconheceu que o tema o "apaixona" porque "o negro em Cuba sempre foi excluído. Antes nas barracas e agora nos bairros marginais".