Democratas exigem despedimento de assessor de Trump e denunciam satisfação do KKK

Cartaz em frente à Torre Trump, em Nova Iorque, argumenta que "Stephen Bannon não tem nada a fazer na Casa Branca"
EPA/JUSTIN LANE
O líder da minoria democrata no Senado dos EUA, Harry Reid, criticou hoje duramente a nomeação de Stephen Bannon como o principal estratega do futuro governo do Presidente eleito, Donald Trump.
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Reid exigiu mesmo que Trump despeça Bannon se quiser, como afirma, "a unidade" do país e "deixe de se esconder atrás da conta no Twitter", rede social de que Presidente eleito é utilizador frequente.
"Se Trump procura a unidade a sério, a primeira coisa que tem de fazer é rescindir a nomeação de Steve Bannon", afirmou Reid, ao discursar no Senado, aludindo aos vínculos supremacistas (defensor da supremacia da raça branca) do novo assessor do magnata.
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Reid, que se vai retirar do cargo em janeiro, quando começar a nova sessão do Congresso, interpelou diretamente Trump: "Assuma as suas responsabilidades, a dignidade do cargo. Deixe de se esconder atarás da sua conta no Twitter".
O senador democrata enumerou várias histórias de cidadãos norte-americanos que sofreram casos de assédio ou humilhação desde o triunfo nas eleições do passado dia 8 do multimilionário, que realizou uma campanha baseada na retórica do ódio dirigido às minorias.
"Temos a responsabilidade de dizer que não é normal que o KKK, o Ku Klux Klan, celebre a eleição de um presidente que veem como o seu campeão com um desfile de vitória", asseverou o influente legislador democrata, vincando: "temos a responsabilidade de ser a voz de milhões de norte-americanos sentados em casa receosos de já não serem bem-vindos aos Estados Unidos de Donald Trump".
