O ministro do Ambiente do Zimbabué anunciou, esta segunda-feira, que o dentista norte-americano que matou, em julho, o leão Cecil praticava uma atividade legal e, portanto, não será acusado.
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"Falámos com a polícia e com o procurador geral, e concluímos que Walter James Palme tinha as licenças de caça em ordem", disse Oppah Muchinguri-Kashiri, ministro do Ambiente do Zimbabué.
Já os companheiros de caça de Palmer continuarão a braços com a justiça. Theo Bronkhorst, caçador profissional daquele país, é acusado de quebrar as regras de caça, enquanto que o responsável do Parque Nacional de Hwange é acusado de permitir caça ilegal. Ambos negam as acusações e Bronkhorst irá a tribunal na próxima quinta-feira.
As declarações de Muchinguri-Kashiri confirmam o que o dentista ja tinha afirmado: "Se soubesse que este leão tinha um nome e que era importante para o país ou para um estudo, obviamente que não o teria matado", chegou a referir. "Ninguém do nosso grupo sabia o nome deste leão, antes ou depois da caça", acrescentou Palmer.
Recorde-se que o norte-americano terá pago para que o ajudassem a desviar o leão para fora do parque, de forma a atingi-lo com uma flecha e, mais tarde, abater o animal a tiro.
Por se tratar de um símbolo para o país e fazer parte de um estudo da Universidade de Oxford foram feitos vários apelos para que o Palmer fosse levado à justiça. As páginas do Facebook do norte-americano encheram-se de críticas e dezenas de pessoas foram-se juntando à porta do consultório do dentista, nos EUA, com animais de peluche para chamar a atenção para a morte do animal.
A Autoridade de Gestão da Vida Selvagem e Parques do Zimbabué e a Associação de Operadores de Safari do Zimbabué chegaram a afirmar, em comunicado, que os responsáveis não tinham licença de caça, pelo que seriam "responsáveis por delitos de caça ilegal", questão que veio agora mostrar-se errada.