Rachel Carling-Jenkins, deputada do Partido dos Conservadores Australianos, revelou, na quinta-feira, que o seu marido foi condenado a pena de prisão por posse de uma coleção "extensa" de pornografia infantil.
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Num discurso difícil e emocionado no Parlamento, Rachel contou que foi ela mesma a descobrir as imagens, na casa da família, tendo ido de imediato à Polícia denunciar o marido, na companhia do filho do casal. "O meu casamento terminou imediatamente", disse, ainda "profundamente perturbada pelas imagens".
Gary Jenkins foi condenado a quatro meses de prisão: "Não acredito que uma sentença de alguns meses e a inclusão na lista de agressores sexuais seja adequada", considerou a deputada.
Rachel Carling-Jenkins explicou que só agora se pronunciou publicamente sobre o caso para não perturbar a investigação e o processo judicial.
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Até este momento, o ainda marido da deputada conservadora, recusou assinar os papéis do divórcio e a acordar a partilha de bens.
Durante algum tempo, a política estava certa de que o marido sofria de alguma perturbação mental e tentou, sem sucesso, encaminhá-lo para uma consulta médica. Hoje considera que "Gary não tem uma doença mental: o seu comportamento evoluiu para algo muito mais sinistro".
Muito consternada, Rachel Carling-Jenkins diz ter na sua mente a cara de muitas das meninas que viu naquelas imagens. "Perderam a inocência, a infância e o controlo do seu próprio destino", comentou. "Elas não teriam sido abusadas se pessoas como o meu ex-marido não criassem um mercado".
Agora, resta-lhe recuperar a sua vida pessoal e familiar e acreditar que as imagens que encontrou vão ajudar a Polícia a salvar, pelo menos, algumas das vítimas.