O deputado do Partido Trabalhista britânico Chris Matheson anunciou, a demissão após uma investigação ter concluído que devia ser suspenso do Parlamento por "má conduta sexual grave".
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"Embora eu acredite que esta seja uma penalidade excessiva e injusta (...), a coisa honrosa e correta a fazer agora é renunciar ao meu cargo", afirmou num comunicado.
A demissão foi conhecida após a publicação de um relatório por um júri independente que recomendou a suspensão do Parlamento durante quatro semanas do deputado por considerá-lo culpado de "propostas sexuais indesejadas e inadequadas".
Uma jovem assessora terá apresentado queixa de vários incidentes de assédio sexual, incluindo um alegado convite para uma viagem secreta ao estrangeiro "sexualmente motivada".
"Este caso envolve uma violação grave da Política de Conduta Sexual Imprópria, com diversos agravantes. O impacto da má conduta foi significativo", refere o relatório, produzido a pedido do parlamento britânico.
Matheson, de 54 anos, era deputado pela circunscrição de Chester, noroeste de Inglaterra, desde 2015. A demissão desencadeia uma eleição parlamentar parcial naquele círculo eleitoral, cuja data está por determinar.
O jornal The Times noticiou em abril que 56 deputados britânicos estavam a ser investigados internamente no parlamento por alegações de má conduta sexual na sequência de cerca de 70 queixas de assédio sexual a delitos mais graves.
Uma série de escândalos sexuais envolvendo deputados, a maioria do Partido Conservador, foram denunciados nos últimos anos, resultando nas respetivas demissões.
Imran Khan foi condenado por assediar sexualmente um rapaz de 15 anos, Neil Parish admitiu ter assistido a pornografia no telemóvel dentro da Câmara dos Comuns e Charlie Elphicke foi condenado em 2020 por atacar sexualmente duas mulheres, uma das quais assessora.