O Parlamento britânico aprovou, esta terça-feira, uma emenda ao acordo de saída da União Europeia ('Brexit') que insta o Governo a negociar com Bruxelas uma solução alternativa ao polémico mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira entre as duas Irlandas.
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A Câmara dos Comuns aprovou por 317 votos a favor e 301 contra a proposta apresentada pelo deputado conservador Graham Brady, que tinha o apoio explícito da primeira-ministra, a conservadora Theresa May.
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O texto da emenda insta o executivo a procurar "mecanismos alternativos" ao mecanismo de salvaguarda, apesar de Bruxelas se ter negado até agora a reabrir as negociações do acordo de saída do Reino Unido do bloco comunitário.
A alteração proposta por Brady, uma das sete selecionadas pelo presidente da câmara baixa do Parlamento britânico para hoje submeter a votação, não é vinculativa para o Governo da primeira-ministra Theresa May.
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Esta foi a sétima das emendas aos planos do Governo britânico que o parlamento votou hoje à noite para tentar sair do impasse criado pelo chumbo do Acordo de saída negociado com Bruxelas, rejeitado por uma margem de 230 votos a 15 de janeiro.
Contudo, não se trata da repetição do 'voto significativo' ao documento, que inclui uma declaração política sobre a relação futura entre as duas partes, mas de um debate e uma consulta no parlamento sobre o chamado 'plano B'.
Embora as emendas aprovadas não sejam vinculativas, uma proposta aprovada por uma maioria de votos num parlamento dividido pelo 'Brexit' pode determinar o curso do processo.
Na mesma sessão, os deputados aprovaram uma emenda rejeitando a hipótese de uma saída da UE sem acordo e rejeitaram outras duas que pediam de forma explícita que a chefe do executivo britânico pedisse uma extensão do prazo para abandonar a UE, se a 26 de fevereiro não conseguisse a aprovação do acordo negociado com Bruxelas no parlamento.