Militares desistiram de combater na Ucrânia com esperança de serem acolhidos na Europa, mas acabaram a viver escondidos e sem guarida.
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Seis militares russos pousaram as armas e despiram as fardas num grito de desespero silencioso. À agência Associated Press (AP), cinco oficiais e um soldado contaram que desertaram da guerra por não aguentarem mais o drama do conflito. Contudo, o que veio a seguir não foi muito melhor. Em busca de proteção nos países ocidentais, estes homens acabaram sozinhos e todos, com a exceção de um, passaram a viver escondidos.
Tal como outros indivíduos nas mesmas circunstâncias, estes militares fizeram requerimentos de asilo em países como Espanha, França ou Alemanha, mas viram os pedidos serem negados. Por questões de segurança, e por temerem a infiltração de eventuais espiões no seio das suas sociedades, vários países têm-se mostrado mais seletivos a dar resposta a estes pedidos. Segundo a AP, de um modo geral, os pedidos de asilo por parte de cidadãos russos cresceram desde a invasão à Ucrânia, mas poucos conseguem obter proteção. Os decisores políticos continuam divididos entre aceitar exilar os desertores ou dar prioridade à segurança nacional.