A Guardia Civil espanhola desmantelou uma rede de fabrico, falsificação e distribuição de anabolizantes, apreendendo mais de três milhões de doses e detendo 14 pessoas, entre elas dois culturistas de renome.
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Em conferência de imprensa, a polícia espanhola informou que os elementos da rede foram detidos em Málaga, Valência, Alicante e Valhadolid, no decorrer da operação Dianu, que durou quase dois anos.
Foram apreendidos mais de 120 tipos diferentes de substâncias
O comandante-chefe do grupo de Delinquência Especializada da Guardia Civil, Juan Jesús Reina, adiantou que a rede recebia as substâncias anabolizantes da China e da Índia, algumas vezes já embaladas, com marcas próprias, mas sem qualquer tipo de controlo sanitário.
Noutras ocasiões o material era embalado em Málaga e a rede utilizava ilegalmente o nome de um laboratório famoso para passar uma imagem de credibilidade. Nas etiquetas chegava a mencionar que o produto tinha sido elaborado em países como a Alemanha.
A polícia estima que a rede pode ter obtido receitas superiores a 500 mil euros nos últimos três anos devido a esta atividade. A Guardia Civil bloqueou contas bancárias dos detidos - algumas com saldos perto dos dois milhões de euros.
Rede tinha três células em Espanha
Foram apreendidos mais de 120 tipos diferentes de substâncias. Na operação Dianu participaram agentes das alfândegas de França e da Alemanha.
A rede tinha três células em Espanha. Na célula de Málaga foram detidas sete pessoas, entre elas um médico e um famoso preparador culturista.
Na cidade andaluza existia um laboratório e vários armazéns de produto.
Outra célula, com duas pessoas, estava radicada em Valhadolid. Este braço da rede abastecia-se de produto em Málaga e vendia em dois ginásios.
A célula de Alicante recebia as substâncias, em bruto ou já terminadas, do estrangeiro, passando-as depois a Málaga.
A rede terá feito mais de 3340 envios de produto para ginásios de Espanha, França e outros países.