Um pequeno nódulo foi encontrado na próstata do ex-presidente norte-americano Joe Biden durante um exame físico de rotina, disse um porta-voz na terça-feira.
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"Num exame físico de rotina, foi encontrado um pequeno nódulo na próstata, o que exigiu uma avaliação mais aprofundada", disse um porta-voz.
Um "pequeno nódulo" pode significar uma vasta gama de diagnósticos e exigirá mais exames para compreender a causa subjacente. É muito cedo para dizer se é um nódulo benigno ou algo mais grave. A deteção de nódulos na próstata requer geralmente um exame adicional por um urologista para excluir o cancro da próstata. Estes tipos de crescimentos anormais podem ser causados por cancro ou por condições menos graves, incluindo inflamação ou aumento da próstata.
Quando detetado precocemente, o cancro da próstata, um dos cancros mais comuns nos homens, é controlável. Se o nódulo for cancerígeno, as opções de tratamento dependem do quão avançada está a doença.
Joe Biden, de 82 anos, foi pressionado a abandonar a corrida à Casa Branca em 2024 devido à sua idade e preocupações com a sua saúde, depois de várias "gafes" e um desempenho frágil no debate contra Donald Trump em junho passado.
Em fevereiro de 2023, Biden teve uma lesão cutânea removida do peito que era um carcinoma basocelular, uma forma comum de cancro de pele. Antes, em novembro de 2021, foi-lhe removido um pólipo do cólon, que era uma lesão benigna, mas potencialmente pré-cancerosa.
Novo livro alega que Biden ia precisar de cadeira de rodas
A notícia surge numa altura que foram publicados excertos do livro "Original Sin, President Biden's Decline, Its Cover-Up, and His Disastrous Choice to Run Again" ("Pecado Original, Declínio do Presidente Biden, O Seu Encobrimento e a Sua Escolha Desastrosa de Concorrer Novamente"), de Jake Tapper, da "CNN", e Alex Thompson, da "Axios".
Segundo a "Axios", a saúde de Biden estava tão debilitada que os conselheiros consideraram a possibilidade de Biden necessitar de uma cadeira de rodas caso fosse reeleito. "A deterioração física de Biden — mais evidente no seu andar hesitante — tornou-se tão grave que houve discussões internas sobre a colocação do presidente numa cadeira de rodas, mas isso não pôde ser feito até depois da eleição", lê-se no artigo, citando um excerto do livro.
Outro excerto publicado no "The New Yorker" afirmava que Biden pareceu não reconhecer o ator George Clooney, que organizou um evento de angariação de fundos para o ex-presidente.
"Não revimos o livro, e os autores não verificaram os factos connosco, apesar de ser prática comum fazê-lo. Por isso, não vamos responder a cada excerto deste livro que decidam divulgar através de fugas de informação selecionadas, na tentativa dos jornalistas de lucrar. Continuamos a aguardar qualquer informação que mostre onde Joe Biden teve de tomar uma decisão presidencial, onde a segurança nacional foi ameaçada ou onde foi incapaz de fazer o seu trabalho. Na verdade, as provas apontam para o oposto — foi um presidente muito eficaz", afirmou um porta-voz de Biden, quando questionado sobre os excertos do livro.
Na semana passada, no programa "The View", da ABC, Joe Biden e a ex-primeira-dama Jill Biden desvalorizaram os novos livros de jornalistas que alegavam que Biden estava a lidar com o declínio cognitivo no final da presidência. "Estão enganados. Não há nada que o sustente", disse Biden. Jill também defendeu o marido: "As pessoas que escreveram aqueles livros não estavam na Casa Branca connosco. E não viam o quanto o Joe trabalhava arduamente todos os dias", sublinhou.