A justiça turca ordenou hoje a prisão de cinco presidentes de câmara do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), principal força da oposição, por corrupção, disse um porta-voz partidário.
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Três responsáveis dirigiram distritos de Istambul, acrescentou.
Outras 17 pessoas foram também detidas preventivamente durante o fim de semana, entre elas vários vice-presidentes de distritos de Istambul, também acusadas de corrupção, disse o porta-voz do CHP, à agência de notícias France-Presse.
Além do presidente da Câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, detido desde o final de março, oito presidentes de câmara do CHP da área de Istambul foram detidos e colocados em prisão preventiva desde o final de outubro.
Observadores consideraram que o Governo turco está a tentar enfraquecer o CHP, que venceu as eleições locais na primavera de 2024, em detrimento do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islâmico-conservador), do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O CHP, que conseguiu manter Istambul, Ancara e Esmirna, as três principais cidades turcas, fez uma incursão em províncias mais conservadoras e conquistou 26 dos 39 distritos de Istambul, a capital económica turca.
A prisão, a 19 de março, de Ekrem Imamoglu, considerado o principal opositor de Erdogan, desencadeou uma onda de protestos como nunca vistos no país nos últimos 12 anos.