Devastada e enegrecida, Lahaina “está ainda pior do que vemos na televisão”
MNE diz haver lusodescendentes localizados. Açoriana retirada de casa está a abrigar dez pessoas desalojadas, devido aos incêndios que já vitimaram pelo menos 93 pessoas
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Entre as difíceis operações de busca e identificação, chefiadas pela polícia do condado de Maui, “alguns lusodescendentes já foram localizados, mas não se exclui que ainda existam desaparecidos”, declarou hoje ao JN o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Os incêndios mortais que devastaram a ilha já vitimaram pelo menos 93 pessoas, segundo o balanço divulgado ontem pelas autoridades havaianas. Fátima Cameron, uma cidadã portuguesa residente na ilha, contou ao JN que está a acolher amigos e pessoas desalojadas na sua casa, numa altura em que os abrigos de emergência estão “completamente abarrotados”.
O MNE confirmou que continuará “a acompanhar a situação no Havai, através do Consulado-Geral de Portugal em São Francisco”. As autoridades do estado do Havai preveem que, à medida que as operações de busca prosseguem nas zonas ardidas, mais vítimas serão encontradas. John Pelletier, chefe da polícia do condado de Maui, confirmou este domingo que apenas 3% da área de busca e recuperação havia sido já coberta.