Um dos suspeitos de matar dezenas de apostadores de lutas de galos nas Filipinas, em 2021, diz que as vítimas foram estranguladas e atiradas para um lago junto a um vulcão que está ativo. As vítimas terão manipulado os resultados dos combates.
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As lutas de galo, que implicam a morte de animais, são um negócio de milhões nas Filipinas.
Os 34 homens que desapareceram há quatro anos da capital, Manila, e arredores, faziam transmissões em direto dos combates mortais, e terão manipulado os resultados por causa das apostas. O caso gerou forte polémica, levando o presidente filipino, Rodrigo Duterte, a proibir os diretos. Apesar de o país ter banido as transmissões, que conquistaram multidões durante a covid-19, quando os espetáculos presenciais foram banidos, os combates continuam a ser legais no país. Um estudo de 2022 apontava para que o valor diário das apostas destas lutas ultrapassasse os 45 mil euros, conta a BBC.
Esta semana, numa entrevista televisiva, "Totoy", um dos homens suspeitos pelos raptos e homicídios afirmou que os restos mortais dos 34 homens que desapareceram estão no lago Taal, que fica junto a um vulcão ativo. Na quinta-feira, a secretária da Justiça filipina, Crispin Remulla, afirmou que mergulhadores iam ser enviados para o lago, a fim de encontrar os restos mortais dos apostadores. "Não podemos simplesmente ignorar, temos de ser responsáveis e procurar a verdade, sobretudo em casos como este", afirmou.
Quatro anos depois, "Totoy" diz que quer ajudar as autoridades e as famílias a pôr termo ao caso. É um dos seis seguranças da Manila Arena, suspeitos dos crimes.