Dezenas de "instigadores do caos" foram detidos depois dos confrontos mortais entre cristãos, muçulmanos e as forças de segurança que mataram 24 pessoas e fizeram pelo menos 200 feridos. Primeiro-ministro egípcio atribuiu os distúrbios a um "complô contra o país" e apelou à unidade nacional.
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Os confrontos de domingo foram os piores episódios de violência sectária desde a revolta popular que afastou do poder Hosni Mubarak, em Fevereiro.
A agência egípcia Mena não adiantou se os detidos são cristãos ou muçulmanos. Os funerais dos protestantes mortos decorrem, esta segunda-feira, na catedral copta no centro do Cairo.
Os motins prolongaram-se durante noite, obrigando ao destacamento de mil elementos das forças de segurança e de veículos blindados que protegeram o edifício da estação televisiva do Estado junto ao Nilo, quando começaram os confrontos.
Horas antes, o primeiro-ministro egípcio, Esam Sharaf, disse, num discurso à nação, que os graves distúrbios de domingo entre o exército e manifestantes cristãos coptas são parte de um complô contra o país, e apelou à unidade nacional.
Sharaf falou ao país depois de os confrontos registados no domingo terem provocado 24 mortos, dos quais pelo menos 19 civis, e 213 feridos, segundo a última contagem oficial das vítimas.
O primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, apelou a cristãos coptas e muçulmanos para não cederem aos apelos de revolta, depois de confrontos com a polícia no Cairo.
A televisão egípcia também anunciou que o primeiro-ministro convocou um conselho de ministros de emergência, para "analisar as repercussões e os graves distúrbios", informou anteriormente a AFP.
Os distúrbios no Cairo começaram durante uma manifestação de cristãos coptas, que protestavam contra um incêndio numa igreja. Entretanto, no hospital onde os familiares das vítimas manifestavam a sua fúria, novos confrontos com muçulmanos fizeram ainda mais vítimas.