Na região das Astúrias, em Espanha, 35 concelhos chegaram a registar, na manhã desta sexta-feira, 121 incêndios florestais ativos. As autoridades suspeitam de crime.
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O flagelo que começou na noite de quinta-feira e se alastrou na região Noroeste de Espanha desalojou quase 400 pessoas e fez com que 700 operacionais, apoiados por dezenas de viaturas terrestres, dois aviões de combate a incêndios e cinco helicópteros, fossem mobilizados.
O presidente do principado, Adrián Barbón, disse que a maioria dos incêndios terão sido intencionais e afirmou, numa publicação no Twitter, que os alegados autores são "terroristas", que colocam "vidas, vilas e cidades em perigo".
NOS QUEMAN ASTURIAS
- Adrián Barbón (@AdrianBarbon) March 31, 2023
Nos enfrentamos a auténticos terroristas que están poniendo en peligro vidas, pueblos y ciudades. https://t.co/PemIvmgkaf
Sob este pretexto, a Procuradoria Superior das Astúrias abriu um processo de investigação criminal com o objetivo de esclarecer as causas dos incêndios e agir, nos eventuais casos confirmados, contra os possíveis autores.
De visita à China, o primeiro-ministro Pedro Sánchez deu a "garantia" de que, caso se confirme a intencionalidade da origem dos acidentes, os culpados não irão sair impunes.
O presidente do município asturiano de Valdés - um dos mais afetados pelos incêndios -, Óscar Pérez, garantiu, citado pelo jornal espanhol 'El País', ter a certeza "de que quando o fogo for brasa, a Guarda Civil tentará identificar os responsáveis por este crime".
Muitos dos incêndios nas Astúrias continuam a ser pequenos em zonas altas, mas outros, localizados nos municípios asturianos de Valdés, Villayón e Tineo, já obrigaram à retirada de um total de 174 pessoas de casa.