A presidente brasileira Dilma Rousseff defendeu, esta segunda-feira, que o seu Governo deve ter "humildade e firmeza" diante das manifestações que reuniram dois milhões de pessoas no Brasil, segundo estimativa da Polícia Militar.
Corpo do artigo
"Reitero minha convicção de que a conjuntura atual aponta para a necessidade de ampla reforma política", disse a Presidente em Brasília, na cerimónia de sanção do novo Código de Processo Civil.
Rousseff afirmou também que tomou medidas para combater a corrupção e que anunciará "nos próximos dias" medidas contra a impunidade daqueles que cometem crimes. A Presidente também defendeu o projeto de ajuste fiscal, que disse ser parte de ajustes e correções que o Governo faz nas suas políticas.
A Presidente brasileira defendeu que o debate para a reforma política deve ser alargado, envolvendo tanto os brasileiros que a apoiam como os que a criticam, e afirmou que ver os brasileiros nos protestos a fez pensar que valeu a pena lutar pela democracia, em referência à sua militância política contra a ditadura militar (1964-1985), pela qual foi presa.
"Ontem (domingo), quando eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando, não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena lutar pela democracia. Este país está mais forte que nunca", afirmou.
Rousseff realçou que "muitos" deram a vida para que os povo pudesse se expressar e prestou homenagem aos que lutaram pela redemocratização do país, incluindo os militantes, os artistas, os religiosos, a Ordem dos Advogados e os movimentos sociais.