A presidente do Brasil com mandato suspenso Dilma Rousseff disse esta quarta-feira que fará pessoalmente a sua defesa no julgamento da destituição que começa no Senado no próximo dia 25.
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Citada pelo jornal "Folha de S.Paulo", Dilma Rousseff disse que "será a manifestação de uma Presidente que irá ao Senado e que está sendo julgada por um processo de 'impeachment' sem crime de responsabilidade".
Questionada se não temia críticas e perguntas agressivas de alguns opositores que devem discursar, Dilma Rousseff explicou que não tem medo e que já suportou tensões bem maiores na sua vida.
"É um exercício de democracia", completou.
A data em que Dilma Rousseff comparecerá no julgamento ainda não está definida.
Hoje o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, reúne-se com os líderes dos partidos para definir os procedimentos a adotar no julgamento e deve marcar também a data em que a Presidente afastada poderá fazer pessoalmente a sua defesa.
Dilma Rousseff é acusada de ter cometido crimes fiscais para melhorar as contas públicas atrasando pagamentos devidos aos bancos e de ter permitido gastos extras no orçamento sem aprovação prévia do Congresso, numa altura em que a meta fiscal do país já estava comprometida.
Para Dilma Rousseff perder definitivamente o cargo 54 dos 81 senadores devem se manifestar a favor da sua cassação em uma votação que acontecerá no final do julgamento.
Se for condenada, Dilma Rousseff também perderá o direito ocupar cargos públicos por oito anos.