Dilma Rousseff foi reeleita, este domingo, presidente do Brasil. A atual presidente, do Partido dos Trabalhadores (centro-esquerda), conquistou 51,6% dos votos válidos. Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (centro-direita), teve 48,3% dos votos, e já reconheceu a derrota.
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Mais identificado com o setor empresarial, o candidato Aécio Neves, de centro-direita, venceu na maior parte dos estados do sul do Brasil, região mais próspera, onde a apuração já foi encerrada; enquanto na região nordeste, mais pobre, a atual presidente Dilma Rousseff vence com uma margem muito superior, obtendo em torno de 71% dos votos.
Na região norte, Dilma Rousseff também mantem-se na liderança, embora sem uma vantagem tão significativa.
A presidente Dilma Rousseff conseguiu ainda a maioria dos votos no estado de Minas Gerais - grande queda de Aécio Neves, já que o estado é o segundo maior colégio eleitoral do país, além de ser sua própria base eleitoral, uma vez que esteve à frente do governo mineiro por dois mandatos consecutivos.
Já em São Paulo, estado com maior PIB e também o maior colégio eleitoral do Brasil, Aécio Neves recebeu a maioria dos votos.
No total, Dilma conseguiu 54.499.901 de votos. Aécio chegou aos
51.041.010. Houve 105.540.911 votos válidos.
Com o resultado, Dilma Rousseff é reeleita por mais quatro anos, para um mandato a ser iniciado em janeiro de 2015.
Abstenção nos 21%
A abstenção na segunda volta das eleições brasileiras foi a opção de 30,09 milhões de eleitores, correspondentes a 21,09% dos 142,8 milhões inscritos para votar.
A alta abstenção superou a da primeira volta, que foi de 19%, e chegou perto do maior número já registado numa eleição presidencial, em 2010, quando 22% preferiu pagar a multa em vez de ir votar.
No Brasil, o voto é obrigatório, mas a multa para quem não comparece é baixa, de 3,50 reais (1,12 euros).
Os votos brancos e nulos somaram 7.136.397, ou aproximadamente 6,3%, número inferior aos 10% da primeira volta.