O parlamento dinamarquês aprovou, esta terça-feira, por uma esmagadora maioria o envio de 400 soldados e de aviões militares para combater o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
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Só três pequenos partidos de esquerda votaram contra o plano anunciado no mês passado pelo primeiro-ministro, Lars Løkke Rasmussen, e esta terça-feira aprovado por 90 deputados contra 19.
"A implacável e brutal organização terrorista Estado Islâmico deverá enfrentar uma forte resposta" dos países estrangeiros, declarou o chefe do executivo dinamarquês em comunicado.
A Dinamarca contribuirá, a partir de meados deste ano, com 400 homens, 60 dos quais pertencentes às forças especiais, sete aviões de combate F-16 e um avião de transporte C-130J, segundo as autoridades.
"Mais uma vez, a Dinamarca dirige-se para uma guerra infeliz que poderá destabilizar ainda mais o Iraque e a Síria", lamentou, durante o debate no parlamento, Nikolaj Villumsen, um deputado da Aliança Vermelha e Verde, um partido de extrema-esquerda.
A Dinamarca foi aliada da coligação norte-americana e britânica na invasão do Iraque, em 2003, e participa também na coligação internacional de cerca de 60 países liderada pelos Estados Unidos contra os jiadistas do grupo Estado Islâmico.
A Dinamarca interveio até agora apenas no Iraque, para onde enviou sete aviões de combate F-16 durante um ano, até ao outono de 2015.
O país tem igualmente cerca de 120 homens estacionados na base aérea Al-Asad, na periferia de Bagdad, onde treinaram soldados iraquianos e membros das forças de segurança curdas.