A Dinamarca vai triplicar os seus gastos militares na próxima década com investimentos no Leste, no Atlântico Norte e no Ártico, anunciou o Governo dinamarquês.
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O executivo quer "fortalecer significativamente a defesa e a segurança da Dinamarca gastando cerca de 143 mil milhões de coroas (19,2 mil milhões de euros) nos próximos 10 anos", afirmou o ministro interino da Defesa, Troels Lund Poulsen, em comunicado.
Segundo o plano do governo, em 2024, as despesas militares da Dinamarca serão de 6,9 mil milhões de coroas, contra 6,7 mil milhões este ano, e deverão triplicar para atingir os 19,2 mil milhões de coroas (2,6 mil milhões de euros) em 2033.
"O objetivo continua a ser que o Ártico e o Atlântico Norte sejam áreas de baixa tensão. Devemos, é claro, proteger a Dinamarca e cumprir a nossa obrigação de assumir a responsabilidade conjunta pela segurança no Báltico", acrescentou o ministro.
"Ao mesmo tempo, a Dinamarca deve continuar a apoiar a Ucrânia de forma significativa (...) E devemos continuar a ser ativos e capazes de enviar contribuições para o resto do mundo", concluiu.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, cujo nome tem sido apontado para o cargo de secretário-geral da NATO, já tinha anunciado na segunda-feira uma doação de quase 2,4 mil milhões de euros adicionais à Ucrânia através de um fundo destinado à aquisição de equipamentos militares.
A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).