O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse, esta quinta-feira, que estava no aeroporto internacional de Sanaa, no Iémen, quando foi alvo de um ataque aéreo israelita.
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"Quando estávamos prestes a embarcar no nosso voo de Sanaa, há cerca de duas horas, o aeroporto foi bombardeado. Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas foram mortas no aeroporto. A torre de controlo de tráfego aéreo, a sala de embarque – a poucos metros de onde estávamos – e a pista ficaram danificadas", escreveu edros Adhanom Ghebreyesus no X (antigo Twitter).
O diretor-geral garantiu que as autoridades da ONU e da OMS estão seguros, mas terão de esperar que as infraestruturas do aeroporto sejam reparadas para poderem sair.
Israel bombardeou, esta quinta-feira, a costa ocidental e o interior do Iémen, com alvos como o aeroporto de Sanaa, em resposta ao lançamento de rockets contra território israelita pelos rebeldes Huthis, anunciaram as forças armadas. A aviação israelita lançou um ataque "baseado em informações dos serviços secretos" contra as infraestruturas controladas pelos Huthis, como o aeroporto de Sanaa, as centrais elétricas de Hezyaz e Ras Kanatib e outras posições no porto de Hodeida, Salif e Ras Kanatib, na costa oeste, de acordo com um comunicado militar. O canal de televisão al-Massirah, com ligações aos rebeldes xiitas iemenitas, classificou os ataques como uma "agressão israelita".
Cerca de uma hora depois dos ataques, o exército israelita anunciou os objetivos da operação militar. "Após a aprovação dos planos de ação pelo chefe do Estado-Maior General, pelo ministro da Defesa e pelo primeiro-ministro, os aviões de combate da Força Aérea realizaram ataques baseados em informações fornecidas pelos serviços secretos contra objetivos militares do regime terrorista Huthi", avançou a fonte militar israelita. Segundo Telavive, os alvos estavam a ser utilizados pelos Huthis para contrabandear armas iranianas para a região e como porta de entrada para altos funcionários do regime iraniano.