Dirigentes rebeldes dizem que acordo de Minsk "deixa esperar solução pacífica" para a Ucrânia
Os dirigentes separatistas pró-russos do leste da Ucrânia congratularam-se hoje com o acordo com Kiev, que deixa esperar "uma solução pacífica" para o conflito que já causou mais de 5.300 mortos em dez meses.
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O acordo "deixa esperar uma solução pacífica", declarou à imprensa o dirigente da "República de Donetsk", Alexandre Zakhartshenko.
"Assinámos um acordo que dá uma hipótese ao desenvolvimento pacífico das repúblicas (autoproclamadas) de Donetsk e de Lugansk. É uma grande vitória para elas", acrescentou.
"Temos que dar esta hipótese à Ucrânia", sublinhou o dirigente da "República de Lugansk", Igor Plotniski.
Kiev e os rebeldes separatistas assinaram um roteiro para a paz na Ucrânia, que prevê nomeadamente a instauração de um cessar-fogo no domingo e a criação de uma zona tampão alargada, anunciaram hoje os dirigentes russo, ucraniano, francês e alemão, no final de 16 horas de negociações em Minsk.
O grupo de contacto, composto por emissários ucranianos, russos e representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), negociou em Minsk com os rebeldes separatistas, ao mesmo tempo que decorria a cimeira entre Vladimir Putin, Petro Porochenko, François Hollande e Angela Merkel.