Ainda estão por revelar as identidades dos passageiros que terão morrido ao lado de Yevgeny Prigozhin, na queda do jato que aconteceu esta quarta-feira, a norte de Moscovo. Entre as 10 vítimas estará Dmitry Utkin, comandante militar que ajudou a cofundar a companhia de mercenários.
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Utkin seria, de acordo com relatórios recentes, citados pelo jornal britânico "The Guardian", um dos cofundadores do grupo que luta ao lado das forças russas na Ucrânia, porém, com um papel substancialmente mais discreto do que o de Prigozhin, que falava publicamente em nome do grupo, reivindicando mais armamento a Moscovo de forma insistente nos últimos meses e que ousou desafiar Putin.
O comandante militar é descrito como tendo “um fascínio obsessivo pela história do Terceiro Reich”, tendo o corpo "enfeitado com inúmeras tatuagens nazis, incluindo uma suástica, uma águia nazi e um relâmpago SS”. O nome "Wagner", terá até sido escolhido por sua indicação, em referência ao compositor preferido de Adolf Hitler.
Porém, a sua relevância para a fundação do grupo suscita dúvidas, já que há quem defenda que foi ali "colocado" para esconder a sua ligação ao poder estatal.
Utkin, à semelhança de Prigozhin, que de resto só admitiu o seu vínculo ao grupo de mercenários em setembro do ano passado, também foi sancionado pelos EUA e pela União Europeia, em retaliação contra a invasão à Ucrânia.