Os combates continuam intensos no leste da Ucrânia, com Zelensky a acusar Moscovo de estar a levar a cabo um "genocídio". O Kremlin, por sua vez, defende que o Ocidente está a travar "uma guerra total" contra a Rússia, assegurando que o conflito durará "muito tempo".
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- Pelo menos 1500 pessoas foram mortas em Severodonetsk, mas a cidade do leste da Ucrânia que o exército russo procura tomar a todo o custo continua a resistir, afirmou o chefe da administração militar da região, Alexander Stryuk.
- O presidente da Ucrânia acusou Moscovo de levar a cabo um "genocídio" no Donbass, sublinhando que os ataques podem deixar a região "desabitada". "Eles querem destruir a Popasna, Bakhmut, Lyman, Lysychansk e Severodonetsk, como aconteceu em Volnovakha e em Mariupol", disse Zelensky.
- A líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, criticaram esta sexta-feira, em Paris, a União Europeia (UE) pelas sanções "erradas e perigosas" impostas à Rússia por ter invadido a Ucrânia.
- O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu quase 700 milhões de euros para apoiar as necessidades prioritárias dos ucranianos que fugiram do seu país para a Polónia.
- O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, denunciou hoje "uma guerra total" do Ocidente contra a Rússia e estimou que esta durará "muito tempo". "O Ocidente anunciou uma guerra total contra nós, contra todo o mundo russo", disse Lavrov. "Podemos dizer com certeza que esta situação permanecerá connosco por muito tempo", acrescentou.
- As tropas russas estão a utilizar em território ucraniano "armas não-nucleares mais pesadas", como lançadores de foguetes móveis de longo alcance, capazes de transportar ogivas termobáricas, afirmou Mykhailo Podolak, conselheiro de Volodymyr Zelensky.
- Cerca de 2,1 milhões de ucranianos já regressaram ao país, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que indicou que ainda não se trata de um fluxo estável.
- A ONU confirmou hoje que pelo menos 4031 civis morreram e 4735 ficaram feridos em pouco mais de três meses de guerra na Ucrânia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.
- O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu, esta sexta-feira, como "praticamente uma agressão" a pressão de alguns "países hostis" que adotaram sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia.
- A cidade de Lyman, na região ucraniana de Donetsk, está praticamente sob o controlo das forças militares russas, admitiu Pavlo Kirilenko, chefe da unidade militar ucraniana deste território do Donbass, leste da Ucrânia.