Uma doença ainda desconhecida está a provocar uma infeção respiratória atípica, com sintomas de tosse, letargia e febre, em centenas de cães em vários estados norte-americanos desde agosto. Os exames para as infeções mais comuns dão negativo. Oregon, Colorado, Illinois e New Hampshire são os estados afetados.
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Os veterinários norte-americanos estão a braços com uma doença respiratória desconhecida que já afetou pelo menos 200 cães desde agosto. A rara infeção provoca tosse prolongada, espirros, pingo do nariz e olhos, letargia, de acordo com o departamento de Agricultura do estado do Oregon.
Esta maleita desconhecida está a levar a hospitalizações e à morte de "cães mais velhos ou com problemas de saúde", refere o diário norte-americano "The New York Times". A diretora de um hospital veterinário na região do Colorado, Lindsey Ganzer, contou ao mesmo jornal que já tratou 35 cães com esta patologia desde outubro e que quatro deles tiveram de ser eutanasiados ou morreram.
De acordo com um veterinário do estado de Oregon Ryan Scholz, "estes casos têm sido testados para as infeções respiratórias mais comuns, mas os resultados têm sido negativos".
Os especialistas estão a tentar encontrar um ADN comum através das amostras recolhidas nas clínicas veterinárias e assim conseguir perceber de que patologia se trata. "Se o que identificamos é um patogénico, é provável que esta bactéria corresponda a uma mutação espontânea ou que ao ganhar um gene de uma fonte diferente a tenha deixado mais virolenta", segundo o patologista de New Hampshire David B. Needle.
Lindsey Ganzer alerta que há um facto em comum entre os animais infetados: a estadia em zonas com "alta concentração de cães", como hotéis para cães ou parques.
Apesar deste fenómeno, o diretor do abrigo Oregon Humane Society, Stephen Kochis, citado pelo "The New York Times", defende que não é motivo para pânico, uma vez que se trata de um "pequeno número de cães afetados em todo o estado".
Donos devem contactar veterinários se detetarem sintomas
Especialistas apelam aos donos para contactarem médicos veterinários se detetarem os sintomas da doença. Além disso, devem garantir que o animal toma todas as vacinas, incluindo a do vírus influenza, bordetella e pararinfluenza, evitar que o cão partilha a taça da água com outros caninos, reduzir o contacto com muitos cães desconhecidos e com animais doentes (a tossir, a pingar do nariz e dos olhos).
No caso de o animal estar doente, os veterinários pedem aos donos para o manter em casa.