
ORESTIS PANAGIOTOU/EPA
A polícia grega deteve hoje duas pessoas, no decorrer dos distúrbios que ocorreram em frente ao parlamento, durante a manifestação convocada por vários sindicatos contra a reforma das pensões e dos impostos, que vai ser votada esta noite.
A polícia de choque grega respondeu com gás lacrimogéneo e bombas de fumo face aos ataques com pedras, 'very light' e 'cocktail molotov' lançados por um grupo de manifestantes.
Até esse momento, a manifestação convocada pelo sindicato da função pública (ADEDY), que tinha reunido 10.000 pessoas (em Atenas), decorria com normalidade e sem registo de incidentes.
Dentro do parlamento, onde os deputados debatem as reformas propostas pelo governo grego, o membro do Partido Comunista (KKE) Thanasis Pafilis denunciou aquilo que apelidou de uso de violência indiscriminada contra os manifestantes, segundo relatou a agência de notícias espanhola (EFE).
Cerca de 15 mil pessoas protestaram hoje em Atenas e Salónica, segundo fontes policiais, numa manifestação convocada por organizações de esquerda, contra a reforma das pensões, que hoje será submetida a votação.
Este projeto de lei, que prevê o corte das pensões e o aumento dos impostos, faz parte das medidas de austeridade exigidas pelos credores do país, União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os ministros das Finanças dos Estados-membros da zona euro reúnem-se na segunda-feira em Bruxelas para avaliar as reformas realizadas pela Grécia como contrapartida do empréstimo internacional concedido ao país em 2015.
Os protestos começaram hoje ao final da manhã, com a Frente de Luta dos Trabalhadores (Pame), considerada próxima do partido comunista grego.
"Segurança social pública e obrigatória para todos" estava escrito na principal bandeira do sindicato, enquanto os manifestantes gritavam palavras de ordem como "não à dissolução do sistema de segurança social" e "não à continuação da austeridade".
Milhares de simpatizantes do Pame manifestaram-se na sexta-feira e no sábado em Atenas, durante a greve de 48 horas realizada no setor privado e público e que paralisou os transportes.
