Cerca de 2000 simpatizantes do partido neonazi grego Aurora Dourada regressaram às ruas de Atenas para protestar contra a detenção dos seus líderes e a polícia evitou confrontos com manifestantes da extrema-esquerda.
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Na terça-feira, o parlamento grego aprovou a suspensão da ajuda estatal ao partido neonazi Aurora Dourada, depois de seis dos seus deputados terem sido acusados de constituírem ou integrarem uma organização criminosa. A medida foi aprovada por 235 dos 300 deputados.
"Eles acabaram com a democracia e instituíram uma cleptocracia [Estado governado por ladrões]" afirmou Ilias Kassidiaris, porta-voz do partido, numa intervenção perante os simpatizantes do Aurora Dourada, na sua maioria jovens que exibiam bandeiras gregas.
Kassidiaris sublinhou que o Aurora Dourada "é o partido mais forte da Grécia", e exigiu a libertação imediata dos líderes detidos, como Nikos Michaloliakos, presidente do partido.
Os seis deputados e o presidente do partido arriscam uma pena de prisão entre os 10 e os 20 anos.
Várias centenas de manifestantes de extrema-esquerda também estiveram na rua, mas separados dos neonazis pela polícia antimotim, que estacionou veículos nas ruas para criar barreiras, constatou um jornalista da AFP no local.
"Os assassinos para a prisão", lia-se numa bandeira que estes manifestantes desdobraram, referindo-se à morte de um músico antifascista por um membro do partido, em setembro.
O Aurora Dourada tem sido associado a homicídios e vários ataques, em particular contra imigrantes e ativistas de esquerda.