Duas pessoas foram detidas após usarem uma escavadora para cavar um buraco na Grande Muralha da China, de acordo com a emissora estatal CCTV.
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A polícia na província de Shanxi seguiu rastos deixados por máquinas usadas para cavar um atalho através de um segmento da Grande Muralha da China – restos da imensa estrutura construída pelos imperadores para dissuadir invasores estrangeiros.
A BBC adianta que os suspeitos são um homem, de 38 anos, e uma mulher, de 55, que trabalhavam perto da área afetada. De acordo com a AFP, os suspeitos admitiram durante o interrogatório que usaram uma escavadora para criar um atalho na muralha, numa tentativa de reduzir o tempo de viagem.
Segundo a emissora estatal CCTV, os suspeitos causaram “danos irreversíveis” à muralha da era Ming, que foi descrito como uma secção “relativamente intacta” de valor significativo para a investigação. “Atualmente, os dois suspeitos foram detidos criminalmente de acordo com a lei e o caso continua a ser investigado”, segundo a CCTV.
A construção da Grande Muralha, que está dividida em secções que se estendem por milhares de quilómetros, começou no século III a.C. e continuou durante séculos. A secção da Grande Muralha afetada, situada a cerca de seis horas de carro a oeste do centro de Pequim, remonta à dinastia Ming da China, dos séculos XIV a XVII.
Alguns trechos da muralha foram danificados ou demolidos ao longo dos anos, especialmente em áreas rurais remotas. Um relatório de 2016 do jornal "Beijing Times" sugeriu que mais de 30% da Grande Muralha Ming desapareceu completamente, com apenas 8% dela considerada bem preservada.

