Dono de café oferece emprego a ladrão que o roubou e deixou bilhete a pedir desculpa
O dono de um café em Roma, que foi assaltado por um ladrão que lhe levou 1300 euros, está disposto a oferecer-lhe um emprego. O motivo? Três bilhetes deixados na caixa registadora a pedir desculpa.
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A história é contada pelo jornal italiano "Corriere della Sera". Tudo aconteceu na madrugada de quinta-feira passada, quando 1300 euros foram roubados da caixa registadora do Caffè Nettuno, localizado na Via Cavour, em Roma. Ao verificar a caixa, o proprietário do estabelecimento, Amedeo Gaudio, apercebeu-se de três papéis amarelos escritos com uma caligrafia apressada, onde se lia "Com licença", "Eu precisava, por favor, perdoe-me" e "Sou viciado em drogas".
"Eu perdoo-o. Na verdade, quase fiquei feliz ao ler aqueles bilhetes. Se ele se deu ao trabalho de escrevê-los, correndo o risco de a polícia chegar, foi porque realmente precisava do dinheiro", afirmou o proprietário do café.
De acordo com as autoridades, o ladrão arrombou uma janela com um assento de bicicleta, subiu num contentor no lixo e entrou no local, saindo pela mesma abertura. Depois desapareceu pela Via Cavour, ainda com o rosto coberto, sendo filmado pela câmara de vigilância do vizinho Caffè Tridente. O roubo foi inicialmente notado às 6 horas, quando o pasteleiro, que traz os croissants do café, chegou ao estabelecimento.
“Há câmaras dentro das nossas instalações também, mas naquela noite eu não tinha colocado o código no sistema para ativá-las, pois não estou muito habituado com tecnologia”, contou Gaudio. “Não creio que o ladrão estivesse brincando comigo. Foi um assalto, mas ele tentou de todas as formas danificar o mínimo possível a minha casa. E as notas emocionaram-me. Digo mais: se fosse preso e cumprisse a sua possível pena e depois viesse pedir desculpas, eu pensaria em ajudá-lo, oferecendo-lhe um emprego”.
Da próxima vez, o homem de 68 anos diz que vai seguir o conselho da filha Sílvia. "Diz-me sempre para não deixar muito dinheiro na caixa registadora", rematou.