A Lituânia acionou esta quarta-feira procedimentos de emergência, incluindo o envio do primeiro-ministro e do presidente do parlamento para abrigos, devido à entrada no país de um drone proveniente da vizinha Bielorrússia, anunciaram as autoridades.
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O aparelho, aparentemente de fabrico caseiro, entrou no espaço aéreo lituano e despenhou-se perto de um posto de controlo fronteiriço, disseram as autoridades à agência de notícias EFE.
O primeiro-ministro Gintautas Paluckas e o presidente do parlamento Saulius Skvernelis foram levados para abrigos de acordo com as rotinas de emergência até que fosse determinado que a violação do espaço aéreo não constituía uma ameaça.
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, estava de visita à Irlanda.
O drone, feito de madeira e poliestireno, não transportava carga ou explosivos, disse a chefe da divisão de comunicação do Serviço Estatal de Guarda de Fronteiras da Lituânia, Lina Laurinaitytė.
A mesma fonte disse à EFE que balões e outros tipos de drones foram usados anteriormente para contrabandear cigarros e outro tipo de produtos da Bielorrússia para a Lituânia.
Os meios de comunicação social locais publicaram fotografias do aparelho de cor escura, ligeiramente danificado e em forma de delta.
Para os observadores pode ter parecido, à primeira vista, um drone Shahed iraniano do tipo que a Rússia utiliza contra a Ucrânia.
No início de setembro de 2024, um drone Shahed, aparentemente lançado contra a Ucrânia, aterrou perto de uma aldeia no leste da Letónia.
Voou sobre a Bielorrússia e cerca de 50 quilómetros até ao país membro da NATO, onde foi encontrado e desarmado pelo exército letão.