Secretário-geral da ONU reiterou apelo a um “cessar-fogo imediato” e salientou que os palestinianos em Gaza "continuam presos num pesadelo ininterrupto".
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António Guterres regressou hoje ao posto fronteiriço de Rafah, que separa o Norte do Egito do Sul de Gaza, onde se deparou, do lado egípcio, com uma extensa fila de camiões de assistência humanitária bloqueados, impedidos de entrar no enclave palestiniano, quando, do outro lado da fronteira, prevalece “a longa sombra da fome”. O secretário-geral das Nações Unidas assinalou que “nada justifica a punição coletiva do povo palestiniano” e insistiu na urgência de um cessar-fogo imediato.
"Agora, mais do que nunca, é hora de um cessar-fogo humanitário imediato. É hora de silenciar as armas. Os palestinianos em Gaza – crianças, mulheres, homens – continuam presos num pesadelo ininterrupto. Comunidades destruídas, casas demolidas, famílias e gerações inteiras exterminadas, com a fome e a inanição a perseguir a população”, disse Guterres, do lado egípcio da fronteira, a curta distância da cidade de Rafah, onde grande parte da população palestiniana procurou refúgio nos últimos meses, arrastada, pelos ataques israelitas, do Norte para o Sul do enclave, mas para onde está prevista uma grande incursão terrestre das forças de Israel, que Benjamin Netanyahu garantiu esta semana que vai mesmo acontecer, com ou sem o apoio dos Estados Unidos.