Milhares de egípcios, que lançaram a revolta que provocou a queda do regime de Hosni Mubarak, em 2011, apelaram para a realização de "grandes manifestações" na terça-feira.
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As manifestações foram convocadas para denunciar o veredito, divulgado no sábado, do julgamento do ex-presidente e de vários seus colaboradores.
Mubarak e o seu ministro do Interior, Habib al-Adly, foram condenados a prisão perpétua, mas seis responsáveis da segurança julgados por assassínios, depois da morte de cerca de 850 pessoas durante a revolta de Janeiro e Fevereiro de 2011, foram ilibados.
Estes vereditos, que não designam qualquer culpado direto na morte destas centenas de manifestantes, provocaram a cólera e numerosas concentrações através do país.
O Ministério Público anunciou que vai recorrer das sentenças.
As organizações pró-democracia, incluindo o Movimento de 6 de abril, a Coligação dos Jovens da Revolução e a União dos Jovens Maspero, convocaram manifestações para terça-feira, a partir das 15.00 horas locais.
Dois candidatos às eleições presidenciais eliminados na primeira volta, o nacionalista de esquerda Hamdeen Sabbahi e o islâmico moderado Abdel Moneim Abul Futuh, conduzirão cortejos em direção à célebre praça Tahrir, no Cairo, precisaram os organizadores num comunicado.