Os dirigentes egípcios esperam que Israel e o movimento palestiniano Hamas decidam uma trégua nas próximas 72 horas, disse à agência Efe uma fonte dos serviços secretos do Egito, que está a mediar os contactos entre as partes.
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A fonte da agência noticiosa espanhola, que solicitou o anonimato, explicou que está a haver uma aproximação entre as duas partes, com base na proposta de cessar-fogo apresentada no domingo pelo lado israelita à "secreta" egípcia.
Responsáveis dos serviços de informações egípcios reuniram-se esta segunda-feira com uma delegação do Hamas, dirigida pelo seu líder, Khaled Meshal, e durante o encontro houve uma aproximação de posições.
Apesar da aproximação, Meshal colocou várias condições, não especificadas pela fonte da agência noticiosa, a apresentar agora pela mediação egípcia à parte israelita.
A maior parte das discussões centra-se agora nas garantias de manutenção do cessar-fogo, adiantou a fonte.
Sobre a possível trégua, Meshal assegurou esta segunda-feira durante uma conferência de Imprensa no Cairo que foi Israel que pediu a cessação das hostilidades e não o Hamas e que não aceitará condições israelitas.
"Quem começou a guerra tem de a parar e a trégua tem de ser com as nossas condições", afirmou o líder do Hamas, que acrescentou que Israel tem de parar os bombardeamentos a Gaza.
Meshal afirmou que há várias opções na mesa: "Pode ser que o Egito tenha êxito e consiga uma trégua com as condições da Resistência [Hamas], mas também está aberta a opção da escalada da violência".
A ofensiva israelita "Pilar Defensivo" teve esta segunda-feira o seu sexto dia, como mais bombardeamentos sobre Gaza, que elevaram para 100 o número de palestinianos mortos e 900 o de feridos, a que as milícias respondem com o lançamento de "rockets" contra Israel.