
Pessoas detidas desde a realização de um concerto onde foi levantada a bandeira com o arco-íris, símbolo do movimento LGBT
Jamal Saidi/REUTERS
O Egito intensificou a repressão a pessoas alegadamente homossexuais, tendo detido um total de 27 em pouco mais de uma semana.
Entre os 27 detidos estão um homem e uma mulher detidos pela polícia na segunda-feira e todos foram acusados de "deboche", adiantaram os responsáveis que não quiseram ser identificados.
Na segunda-feira, a Amnistia Internacional (AI) pediu a libertação "imediata e incondicional" de todas as pessoas detidas desde a realização de um concerto no Cairo, no passado dia 22, onde foi levantada a bandeira com o arco-íris, símbolo do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), incidente que terá provocado a repressão em curso.
O grupo que tocou naquele concerto - a banda de "rock indie" libanesa Mashrou' Leila, cujo vocalista é um homossexual assumido - condenou a repressão numa nota divulgada esta terça-feira na sua página na rede social Facebook.
A Mashrou' Leila pede à sociedade civil para não ficar em silêncio e apela a "um movimento de solidariedade internacional para fazer pressão sobre o regime egípcio para que ele pare imediatamente esta caça às bruxas e liberte os presos".
A homossexualidade é tabu no Egito, mas não é explicitamente proibida por lei. As autoridades costumam processar as pessoas por "imoralidade" ou "deboche".
