Uma filha do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán conseguiu registar a alcunha do pai como marca comercial de relógios, metais preciosos, materiais de couro, entre outros.
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A notícia avançada esta quinta-feira pelo diário mexicano "Milenium" conta que o Instituto Mexicano da Propriedade Intelectual (IMPI) aceitou a pretensão da filha de "El Chapo" depois de 24 tentativas anteriores de familiares no mesmo sentido.
O IMPI só aceitou a marca "El Chapo" para quatro ramos de produtos, que podem ser comercializados a favor de Alejandrina Gisselle Guzmán, a filha do narcotraficante. Entre estes contam-se metais preciosos, artigos de joalharia, relógios, artigos de couro e couro de imitação, malas, guarda-chuvas, enfeites para árvores de Natal, publicidade e administração de negócios.
Em outras petições apresentadas pelos familiares, o IMPI justificou a sua rejeição pelo facto de serem "nomes de marcas contrários à moral e bons costumes", que estão proibidos pela Lei da Propriedade Industrial uma vez que "reproduzem o sobrenome de uma pessoa procurada pela Procuradoria Geral da República por diversos delitos".
Apesar dos argumentos utilizados para recusar as várias petições, além dos quatro pedidos de Alejandrina Gisselle Guzmán aceites pelo IMPI, tiveram ainda luz verde cinco pedidos para utilizar a marca "El Chapo" em outro tipo de produtos como instrumentos náuticos, cinematográficos e educativos. Desconhece-se porém se os autores destas petições têm ligações ao narcotraficante.
"El Chapo" foi recapturado a 8 de janeiro deste ano, após seis meses em fuga. O conhecido narcotraficante já escapou por duas vezes de prisões de alta segurança no México.