David Fuller, ex-eletricista de um hospital inglês, declarou-se culpado de abusar dos corpos de mais 23 mulheres, elevando para 101 as vítimas de abusos e de profanação de cadáver. O duplo homicida já tinha admitido cometer o mesmo crime contra 78 mulheres e crianças, ao longo de 13 anos.
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Numa audiência no tribunal Croydon Crown, no sul de Inglaterra, na passada quinta-feira, David Fuller declarou-se culpado de mais acusações de penetração sexual de cadáver e de posse de pornografia extrema entre 2007 e 2020.
Em dezembro do ano passado, recebeu duas sentenças de prisão perpétua. Uma por ter assassinado duas mulheres em 1987 e outra pelos 51 crimes sexuais cometidos contra 78 mulheres e meninas mortas, em morgues, durante 13 anos.
Uma investigação feita pela Direção de Crimes Graves de Kent e Essex descobriu ADN de David Fuller, o que levou a polícia a revistar a sua casa e a encontrar gravações em vídeo dos crimes sexuais, cometidos em duas morgues, onde trabalhava na manutenção elétrica desde 1989, revela o jornal "The Guardian".
https://youtu.be/HEgFQWw6FKM
As provas encontradas datam de 2007 e sugerem que terá cometido os atos contra 101 vítimas. As últimas acusações referem-se às 23 vítimas restantes, todas mulheres adultas falecidas. Dez ainda não foram identificadas.
O procurador Michael Bisgrove disse que as declarações das famílias das vítimas estão a ser preparadas para quando o ex-eletricista conhecer a sentença, com data marcada para o próximo mês.
O governo britânico já abriu um inquérito independente para descobrir como foi possível ao antigo funcionário perpetrar os crimes durante tanto tempo, sem ser descoberto.