Elmo, da "Rua Sésamo", foi pirateado e partilhou publicações antissemitas

Uma série de mensagens a pedir o extermínio do povo judeu e a rotular o presidente dos EUA como um "fantoche" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foram partilhadas na conta.

As publicações foram posteriormente removidas, embora um link para uma página do Telegram aparentemente associada ao ciberataque tenha permanecido na secção de biografia da conta.

A Sesame Workshop, organização sem fins lucrativos por trás da Rua Sésamo, confirmou que um hacker não identificado estava por trás das publicações. "A conta X do Elmo foi brevemente comprometida ontem por um hacker desconhecido que publicou mensagens repugnantes, incluindo publicações antissemitas e racistas", disse um porta-voz à AFP, em comunicado. "A conta já foi protegida".

Cerca de 650 mil utilizadores seguem Elmo, o monstro vermelho e peludo que ensina o jovem público sobre bondade e paciência.

O ataque é o mais recente de uma série de incidentes de discurso de ódio desde que o multimilionário comprou o então Twitter em 2022 e eliminou as políticas de moderação que considera censura.

No sábado, a startup xAI pediu desculpa pelas publicações antissemitas publicadas no X pelo seu assistente de inteligência artificial Grok, que elogiavam o líder nazi Adolf Hitler.

O antissemitismo está a enfrentar um escrutínio particular nos Estados Unidos depois de dois funcionários da embaixada israelita terem sido mortos em frente a um museu judaico em Washington, em maio.

Um ataque com uma bomba incendiária num protesto no Colorado em apoio dos reféns israelitas mantidos em Gaza fez mais de uma dezena de feridos em junho e uma mulher de 82 anos morreu posteriormente na sequência dos ferimentos.

A indignação com a conduta de Israel na guerra em Gaza resultou em protestos generalizados nos campus universitários dos EUA, com o governo a reprimir as manifestações depois de as acusar de antissemitismo.