Cerimónia de homenagem aos heróis da Revolução da Dignidade em Braga.
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A embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Onhivets, pediu, este domingo, em Braga, a todos os países do mundo, e em especial aos europeus e aos Estados Unidos, "mais solidariedade e apoio" face à agressão da Rússia, que, disse, já começou na zona de Donbass.
Em declarações ao JN, a diplomata vincou que as agressões dos separatistas pró-russos naquela região, não são mais do que o prolongamento de uma guerra que dura desde 2014: "o nosso exército não ataca nem atacou o Donbass. Mas está, hoje, mais preparado para fazer frente a uma invasão", sublinhou.
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A diplomata presidiu a uma cerimónia religiosa realizada no monumento aos mortos da Revolução da Dignidade de 2014, existente no Parque da Ponte, em Braga, ato em que participaram imigrantes ucranianos, bem como o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, o deputado Firmino Marques, e três sacerdotes ucranianos da Igreja Ortodoxa de Constantinopla.
Inna Onhivets lembrou que o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky pediu, na conferência de Munique, que os signatários do memorando de Budapeste, de 1994, se voltem a reunir para que sejam reafirmadas as garantias dadas quanto à independência da Ucrânia: "A Rússia, os Estados Unidos e o Reino Unido deram garantias de que a nossa soberania seria respeitada e nós, em troca, aderimos ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear desmantelando as armas atómicas que possuíamos", realçou, acentuando que "tal está a ser violado" e que é a quarta vez que a Ucrânia pede essa reunião.
Criticou ainda Vladimir Putin dizendo que o líder russo "quer voltar a impor o império aos vizinhos, por não tolerar que sejam países democráticos e Estados que respeitam os direitos humanos".
"A verdade é que, só num dia, um posto militar ucraniano junto ao Donbass foi atacado 60 vezes. O resto é falso, é propaganda!", assinalou, manifestando-se "convencida de que a vitória sobre o inimigo não está longe", porque o país "é apoiado por todo o mundo democrático".