Emigrante agredido em manifestação diz que portugueses estão sem apoio na Geórgia
Luís Sousa Cunha, 41 anos, tem passado as noites das últimas semanas em frente ao Parlamento da Geórgia, país onde está radicado há cinco anos.
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Numa dessas ocasiões, enquanto estava enrolado numa bandeira portuguesa, foi agredido pela Polícia que tenta controlar os milhares de manifestantes que não desistem de condenar a lei que obriga todas as organizações, meios de comunicação incluídos, que recebam, pelo menos, 20% do seu financiamento do estrangeiro a registarem-se como “agentes de influência estrangeira. “A maioria da população da Geórgia está contra esta lei”, assegura Luís Sousa Cunha, que critica a ausência de um representante do Estado português naquele país.
A alteração legislativa foi aprovada no Parlamento georgiano no início do mês e motivou, desde logo, uma forte reação de muitos habitantes locais. Ao JN, Luís Sousa Cunha explica que os georgianos receiam que, caso a legislação entre em vigor, as próximas eleições não sejam fiscalizadas por organizações não governamentais e, consequentemente, deixem de ser livres e isentas. “A maioria da população é pró-europeia e está contra esta lei”, garante.