O capitão do navio de cruzeiro que se voltou ao largo da Toscânia fez um desvio de rota não autorizado e não aprovado, um "erro humano" que provocou o naufrágio, disse o presidente da companhia proprietária do navio.
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Pelo menos seis pessoas morreram e 15 foram dadas como desaparecidas depois do acidente, ocorrido na sexta-feira, provocado por um rombo no casco do navio. O capitão foi detido pelas autoridades e a sua actuação está a ser investigada.
O presidente do conselho de administração da empresa Costa Crociere, Pier Luigi Foschi, que falou numa conferência de imprensa em Génova, elogiou a actuação dos outros elementos da tripulação, "que se portaram como heróis", conseguindo retirar do navio "mais de 4.000 pessoas em duas horas".
Foschi disse que a empresa, propriedade da maior linha de cruzeiros mundial, a Carnival Corporation, vai proporcionar ao capitão, Francesco Schettino, toda a assistência legal de que necessite, mas que a companhia "se dissocia" do seu comportamento.
O comandante é acusado por várias testemunhas de ter aproximado demais o navio da costa, embatendo em rochas que fizeram um rombo no casco do navio.
Os navios da Costa Crociere têm as suas rotas programadas e há um sistema de alarmes que dispara quando se registam desvios, disse Foschi.
"Esta rota foi estabelecida correctamente. O facto de se ter afastado da rota deve-se exclusivamente a uma manobra do comandante que não foi aprovada, autorizada ou do conhecimento da Costa Crociere.
Foschi repetiu que o navio passou todos os testes técnicos e de segurança na avaliação que foi feita em 2010.
O responsável acrescentou que a principal preocupação da companhia é agora a segurança e bem-estar dos passageiros e da tripulação, assim como as medidas que permitam evitar uma fuga do combustível do navio para as águas ao largo da ilha de Gigilo.
Até ao momento "não há sinais de poluição", disse, mas as autoridades estão alerta para a possibilidade de um derrame dado que o navio se moveu nas últimas horas devido ao mau estado do mar.