Os veículos da empresa contratada pelos turistas mexicanos que foram vítimas de um "ataque por engano" das forças de segurança egípcias não tinham licença nem autorização para realizar o percurso.
Corpo do artigo
Em declarações à agência noticiosa egípcia MENA, a porta-voz do ministério do Turismo do Egito, Rasha al-Azaizi, garantiu que a companhia não informou as autoridades sobre a deslocação a uma zona desértica, cujo acesso está proíbido.
O ministério do Turismo criou uma comissão de investigação, em coordenação com as autoridades da província de Al Wadi al Yadid e as forças de segurança para esclarecer os factos.
A porta-voz acrescentou que o ministro do Turismo em funções, Khaled Rami, expressou as suas condolências às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos no ataque.
O responsável interino do Turismo está a par das últimas investigações e prometeu "sancionar a empresa responsável pelo infeliz acidentes", disse a porta-voz.
O ministro pediu aos funcionários do ministério para se coordenarem com a embaixada do México no Cairo e prestar toda a ajuda possível.
A delegação mexicana na capital egípcia escusou-se a proferir qualquer tipo de declaração e remeteu os jornalistas para as autoridades no México.
As forças de segurança egípcias anunciaram a morte "por engano" de pelo menos 12 turistas de nacionalidade mexicana e egípcia, ao confundir os veículos em que viajavam como os de terroristas, disse em comunicado o ministério do Interior egípcio. No incidente, que ocorreu no domingo, ficaram feridas dez pessoas.
O ministério garantiu que uma patrulha conjunta da polícia e do exército perseguia "elementos terroristas" na região do deserto ocidental, à qual foi proibido o acesso.
O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, condenou o ataque de forças de segurança egípcias contra turistas mexicanos que aparentemente foram tomados por terroristas, e exigiu a abertura de um "inquérito aprofundado" sobre o incidente, no qual pelo menos cinco mexicanos ficaram feridos.
Até agora, o ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano confirmou estarem entre as vítimas duas pessoas de nacionalidade mexicana.