Um enfermeiro alemão confessou ter matado 30 doentes terminais na Clínica Delmenhorst, perto de Oldenburg, entre 2003 e 2005. O homem diz ter tentado matar 90 pacientes. Agora, há 174 casos suspeitos.
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Niel H, de 38 anos, foi formalmente acusado do homicídio de três pessoas que estavam internadas na Unidade de Cuidados Intensivos em estado terminal, mas acabou por confessar a morte de 30. Matava para depois reanimar. Depois, matava para se divertir.
Foi no decurso da investigação e de intensos interrogatórios e exames psiquiátricos que Niel H. confessou os crimes. O enfermeiro injetava um fármaco nos pacientes até lhes provocar uma "overdose" e causar arritmia cardíaca e descida da pressão arterial. Depois, quando estavam no limiar da morte, tentava reanimá-los.
Segundo fontes citadas pela imprensa alemã, o alegado homicida começou a matar para sentir que tinha o poder de retirar e devolver a vida aos doentes e exibir as suas capacidades nos procedimentos de reanimação. Mais tarde, terá continuado a cometer os crimes por diversão. Das 90 tentativas de assassinato que diz ter cometido, Niel H. alega de 60 fracassaram, já que os doentes conseguiram sobreviver.
Os crimes em série, que ocorreram entre 2003 e 2005, terminaram quando foi surpreendido por um colega a injetar o fármaco num paciente internado na clínica alemã da Baixa Saxónia.
A confissão aconteceu depois de quatro sessões com um psiquiatra, a quem disse estar envergonhado, arrependido e ciente da dor que tinha causado às famílias.
Neste momento, apesar da confissão, Niel H. está apenas acusado do homicídio de três pessoas e pela tentativa de assassinato de mais duas. Entretanto, a polícia alargou a investigação a 174 casos suspeitos em todos os hospitais por onde o homicida confesso passou, suspeitando de que pelo menos 12 pessoas não faleceram devido a causas naturais. Já em 2008, Niel H. foi condenado a sete anos e meio de prisão pela tentativa de homicídio de um paciente, mas acabaria por não cumprir a pena.