"Entrou a gritar". Português interrompeu missa, partiu confessionário e ameaçou fiéis em França

Português ameaçou fiéis e partiu a porta do confessionário da igreja de Saint-Joseph des Fins
Foto: Google Maps
Um homem português de 49 anos que, no início deste mês, entrou numa igreja e ameaçou os fiéis com um barrote de madeira na cidade francesa de Annecy foi libertado, na quarta-feira, por um tribunal.
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De acordo com a imprensa francesa, o incidente ocorreu pouco depois das 8 horas do passado dia 6 de março. Segundo testemunhas, o indivíduo, de nacionalidade portuguesa, irrompeu na igreja de Saint-Joseph des Fins, situada na Avenue de Genève, a gritar, interrompendo violentamente a missa.
“Ele entrou a gritar muito, muito alto, ele falou de forma incompreensível. O homem apagou as velas do altar e apontou para a estátua de São José num gesto de desprezo", contou o padre François Nshimiyimana ao jornal francês "Le Dauphiné".
O homem atacou o confessionário, partindo a porta com um barrote de madeira. "Ele queria partir as janelas e as estátuas lá dentro", continuou o padre.
Os meios locais adiantam que o português ameaçou os fiéis, incluindo vários idosos, causando pânico na igreja. “Ele gritou que ia matar-nos a todos", disse Thérèse, de 90 anos, ao "Le Dauphiné". Um paroquiano ficou ferido ao tentar parar o intruso.
Depois, o homem saiu da igreja e seguiu para uma agência bancária do Crédit Agricole e para um laboratório de análises médicas, onde foram cometidos mais danos materiais. Um rececionista em pânico magoou-se no tornozelo ao tentar escapar do atacante.
O português foi detido pelas autoridades francesas na via pública. Vinte e duas pessoas em estado de choque foram atendidas pelos serviços de emergência, três das quais foram levadas para o hospital.
Após ser detido, o homem, conhecido por ter um histórico de problemas psiquiátricos, foi submetido a uma avaliação que concluiu que a capacidade de discernimento do indivíduo estava comprometida. Porém, o advogado pediu uma contra-perícia. O pedido foi deferido, tendo sido marcada uma nova audiência para 14 de maio.
No entanto, colocou-se a questão de o que iria acontecer ao suspeito durante esse mês e meio. O Ministério Público pediu que o homem continuasse detido, uma vez que já tinha fugido do hospital psiquiátrico armado com uma pedra. O tribunal ignorou o pedido e autorizou a libertação do arguido sob controlo judicial. No entanto, está proibido de entrar numa igreja até à próxima audiência.

