O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou um grande aumento de impostos para fazer face aos prejuízos do forte sismo que atingiu o país.
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O custo financeiro do forte sismo de 7,8 que abalou a costa do Equador, no passado sábado, está calculado em três mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros).
O sismo e as suas cerca de 500 réplicas representam um golpe severo na economia do Equador já afetada pela descida do preço do petróleo. O país apenas cresceu 0,1% em 2015, contra os 4% previstos pelo governo.
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Mais de 525 pessoas morreram naquele que foi o pior sismo na América Latina desde o do Haiti em 2010. As equipas de socorro continuam a tentar encontrar sobreviventes.
Rafael Correa indicou que o custo do sismo deve representar "dois ou três pontos do PIB (produto interno bruto)" e anunciou uma subida do IVA de 12% para 14% durante um ano.
"De acordo com o que me permite a Constituição em caso de estado de exceção, será estabelecida pela assembleia nacional uma contribuição de dois pontos adicionais sobre o IVA por um ano", declarou o presidente equatoriano na quarta-feira à noite numa mensagem televisiva.
Os trabalhadores terão ainda de pagar uma contribuição obrigatória sobre o salário, que será equivalente a um dia de trabalho para os que ganham 1000 dólares por mês (884 euros), a dois dias para um ordenado de 2000 dólares (1.769 euros) e até cinco dias para os que ganham 5000 dólares (4.424 euros) mensais.
Aqueles cujo património ultrapassa um milhão de dólares (884 mil euros) terão de contribuir com o equivalente a 0,9% dos seus bens.
O presidente anunciou a ainda a venda de ativos do Estado "para ultrapassar este momento difícil", sem precisar quais os ativos os causa.