O presidente islamita da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, voltou, esta sexta-feira, a atacar a homossexualidade, considerando os seus membros como uma praga e "inimigos da humanidade" que devem ser combatidos.
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"Estas pessoas são inimigas da humanidade, das mulheres e das crianças. A luta contra os desvios LGBT é também uma luta pela liberdade, pela dignidade e pela salvação do futuro da humanidade", declarou o chefe de Estado turco num fórum em Istambul.
Segundo Erdogan, cientistas, artistas e políticos "estão a ser linchados e praticamente transformados em cadáveres vivos por criticarem a praga LGBT".
Embora a homossexualidade seja legal na Turquia desde 1858, está, porém, sujeita a um forte tabu em grande parte da sociedade.
Desde que o governo turco, liderado por Erdogan e o seu partido AKP, proibiu as marchas do Orgulho Gay, em 2015, a bandeira do arco-íris é cada vez mais vista como um elemento subversivo.
Durante o Fórum Internacional da Família, Erdogan também criticou a "legitimação do aborto".
Para Erdogan, a evolução da comunidade LGBT alterou o equilíbrio demográfico da Turquia, reduzindo a taxa de natalidade para 1,5 filhos por mulher, pelo que insistiu que continuará a lutar contra o coletivo e a "neutralização do género".
"Não nos submeteremos a qualquer forma de intimidação. Continuaremos a nossa luta contra as políticas de neutralização do género. Não permitiremos que se normalizem", sublinhou o Presidente turco.
LGBTQIA+ tornou-se um acrónimo para lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e ‘queer’, com um sinal “+” para incluir as orientações sexuais ilimitadas e identidades de género usadas.