
A agência meteorológica japonesa antecipou novas erupções
Reuters/Kyodo
A erupção do segundo maior vulcão do Japão, localizado a cerca de 100 quilómetros de Nagoya, no centro, causou, este sábado, a morte de uma mulher e ferimentos graves em outras 30 pessoas.
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A erupção do Monte Ontake (3067 metros), também conhecido por Kiso Ontake-San, ocorreu pelas 12 horas (3 horas em Portugal continental), informou a agência de meteorologia japonesa.
Imagens de televisão mostravam nuvens de fumo a emergir do cume do vulcão, que é muito procurado nesta altura do ano por caminhantes para admirarem a beleza das cores de outono nas árvores.
"Foi como um trovão", descreveu uma mulher à televisão pública NHK a propósito da primeira erupção do vulcão nos últimos sete anos. As cinzas ficaram espalhadas na encosta sul num raio de três quilómetros.
A NHK, citando os serviços de socorro locais, confirmou a morte de uma mulher e mais de 30 feridos graves, dez dos quais estão inconscientes.
A televisão pública noticiou que cerca de 230 caminhantes que estavam no local no momento da erupção conseguiram descer, enquanto 41 permanecem "presos" e só deverão tentar descer no domingo.
"Está tudo branco lá fora, parece que nevou. Há pouquíssima visibilidade e não se vê o topo" do vulcão, disse à agência Reuters Mari Tezuka, que trabalha num abrigo para montanhistas.
O primeiro-ministro, Shinzo Abe, ordenou ao Exército que participasse nas operações de resgate.
O aeroporto Haneda, em Tóquio, reportou atrasos nos voos domésticos devido à necessidade de alterar rotas que passam pela região do vulcão.
A agência meteorológica japonesa antecipou novas erupções e colocou restrições no acesso à montanha.
O Japão está situado no anel de fogo do Pacífico e conta no seu território com mais de uma centena de vulcões ativos e inativos.
