Eslovénia retira "pen drives" chinesas de instituições estatais devido a ameaça cibernética
As autoridades da Eslovénia declararam, esta segunda-feira, uma ameaça cibernética e ordenaram a suspensão imediata das "pen drives" fabricadas na China e utilizadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e outras instituições estatais.
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Segundo a estação de televisão N1 Slovenia, a polícia está a investigar como foram adquiridas as "pen drives" e onde foi instalado software malicioso, depois de terem descoberto que estavam infetadas com um worm (termo utilizado para descrever um tipo de software malicioso que se reproduz a si próprio, espalhando-se automaticamente através de uma rede) que poderia ser utilizado para espionagem.
"Não podemos fornecer mais detalhes para proteger os interesses da investigação em curso", disse a polícia eslovena à estação televisiva.
O diretor do Gabinete de Segurança da Informação do Estado, Uroš Svete, explicou em conferência de imprensa em Liubliana que os worms informáticos representam uma ameaça significativa à cibersegurança, uma vez que os computadores infetados ficam vulneráveis a ataques.
Os worms podem ser utilizados para descarregar remotamente software que recolheria dados de computadores da administração pública eslovena, explicou Svete.
Embora não exista informação oficial sobre o número destas pen drives utilizadas na administração pública, estima-se que tenham sido adquiridas por cerca de 20 instituições estatais, incluindo ministérios e agências.
A empresa Extra Lux, sediada em Liubliana, que importou as pen drives da China, afirma tê-las entregue aos clientes nas suas embalagens originais, sem qualquer alteração.
A N1 refere que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia foi alvo de um ciberataque por parte da China no verão de 2023, quando hackers chineses conseguiram incorporar um worm no sistema informático, que foi neutralizado assim que foi descoberto.