Espanha celebra 50 anos da morte de Franco: "A liberdade pode perder-se"
Pedro Sánchez inaugurou o primeiro dos mais de 100 eventos que ao longo do ano assinalam a efeméride, num programa sob o lema “Espanha em Liberdade”.
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“A liberdade nunca se conquista de forma permanente. Pode perder-se”. Foi com este aviso que Pedro Sánchez quis dar o pontapé de saída nas comemorações dos 50 anos da morte do ditador Francisco Franco. O aniversário cumpre-se no dia 20 de Novembro e o Governo desenhou um programa com mais de 100 atos repartidos ao longo do ano, que foram apresentados esta quarta-feira, no Museu Reina Sofía.
A iniciativa está rodeada de polémica, uma vez que tanto o partido de extrema-direita, Vox, como o principal partido da oposição, o Partido Popular (PP), recusaram estar presentes em qualquer ato. O PP argumenta que a morte do ditador não acabou com a ditadura, o que só chegou em 1977 com as primeiras eleições, e se consolidou em 1978 com a aprovação da Constituição, e acusa o Governo de dividir o país ao escolher esta data.