A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) confirmou a existência de 102 pacientes com um linfoma raro associado ao uso de implantes mamários. Trata-se do Linfoma Anaplásico de Grandes Células (LAGC), que se desenvolve à volta dos implantes, especialmente dos texturados.
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Segundo avança a Europa Press, a maioria dos casos apresentou uma evolução clínica positiva após a remoção da cápsula periprotética e do próprio implante, embora alguns tenham exigido tratamentos adicionais. Quatro pacientes acabaram por morrer.
A AEMPS recorda que este linfoma "é uma doença rara" e que os implantes mamários têm riscos inerentes". "Não são produtos para a vida toda e podem ter de ser substituídos ao longo do tempo. Portanto, é fundamental que as pessoas submetidas à cirurgia sejam devidamente informadas e aconselhadas antes de tomar uma decisão", realçou a agência.
Em 2024, a região com maior número de notificações de casos foi Madrid (24 confirmados em 35), seguindo-se Andaluzia (15 confirmados em 22). A indicação de implante mamário para reconstrução após mastectomia motivou 23 dos casos, sendo que 43 foram associados a motivos estéticos.
Dos 102 casos confirmados, 88 envolveram pacientes com próteses texturadas e dois com próteses de poliuretano. Nos restantes, o tipo de prótese não é conhecido.