O primeiro-ministro espanhol anunciou que vai prolongar o estado de emergência durante "cerca de um mês", para que esteja ativo até ao final da última etapa do desconfinamento.
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"Este deverá ser o último estado de emergência e estará ativo até ao final do desconfinamento", que deve durar até fim de junho, afirmou Pedro Sánchez, este sábado, num discurso ao país. Esta será a quinta vez que o estado de emergência é prolongado em Espanha.
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Decretado a 14 de março, esta exceção à normalidade permitiu ao Governo recuperar o controlo de poderes num país altamente descentralizado e limitar a circulação de pessoas, tendo sido considerado um dos mais rigorosos confinamentos do mundo. Esta quinta extensão do prazo terá de ser aprovada pelo congresso dos deputados, onde o partido do Governo está em minoria e onde a oposição de direita recusou votar o prolongamento anterior.
Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia da covid-19 no mundo, com mais de 27 mil mortes, lançou na segunda-feira passada o levantamento progressivo das restrições associadas ao coronavírus em metade do país. Com o acordo dado pelo Governo para aliviar as restrições em novas províncias na próxima segunda-feira, cerca de 70% dos espanhóis terão iniciado o desconfinamento na próxima semana.
A primeira fase do processo prevê, em particular, a reabertura das esplanadas de bares e restaurantes, bem como a autorização de reuniões familiares ou de amigos até 10 pessoas.
A região de Madrid, assim como grande parte da região de Castela e Leão e a cidade de Barcelona vão ser mantidas sob confinamento, embora mais flexível, podendo as pequenas lojas e serviços de comércio começar a retomar a atividade.
Sanchez voltou a pedir aos espanhóis que encarem o desconfinamento "com a maior cautela", sublinhando que "o risco ainda existe", que "o vírus não se foi embora" e que "a sua ameaça é real".