Espanha vai enviar equipas de busca e salvamento para Marrocos após receber o pedido formal de Rabat, disse, este domingo, o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares.
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“É um sinal da solidariedade espanhola e do sentido de amizade que une o povo de Espanha ao povo de Marrocos”, disse, durante uma entrevista à "Rádio Catalunya", acrescentando que recebeu uma chamada telefónia do seu homólogo marroquino a a solicitar a ajuda no madrugada de domingo. “Será toda a ajuda que Marrocos necessita, num primeiro momento o que estamos a pôr em ação são equipas de busca e salvamento porque é urgente tentar encontrar o maior número de pessoas vivas para as salvar".
Segundo um porta-voz do Ministério do Interior, citado pela AFP, o governo espanhol está a preparar-se para enviar “imediatamente” 65 membros da Unidade Militar de Emergências (UME) da Espanha para Marrocos para ajudar na operação de busca e salvamento.
A UME é um órgão das Forças Armadas que foi criado para intervir rapidamente em situações de emergência como incêndios florestais, inundações e terramotos. Uma unidade da UME foi enviada para a Turquia em fevereiro, após um terramoto devastador, e ajudou a resgatar seis pessoas, incluindo uma mãe e duas crianças, segundo o Ministério da Defesa espanhol.
O terramoto que atingiu Marrocos matou pelo menos 2012 pessoas e feriu mais de 2059, muitas delas em estado crítico, segundo os últimos números oficiais.
França pronta para ajudar quando as autoridades "considerarem útil"
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse, este domingo, que estava pronto para enviar ajuda para Marrocos se Rabat o solicitasse. “Mobilizámos todas as equipas técnicas e de segurança para podermos intervir quando as autoridades marroquinas considerarem útil”, disse Macron aos jornalistas em Nova Deli, no final da cimeira do G20.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse, no sábado, que Portugal também tem "tudo preparado" para enviar ajuda quando Marrocos pedir. Em declarações à agência Lusa no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, adiantou que Marrocos ainda não pediu esse apoio, mas a disponibilidade de Portugal "é total".